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Polícia Civil conclui inquérito e não indicia ajudante de professor do Colégio Magnum - Rádio Rede FM


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Polícia Civil conclui inquérito e não indicia ajudante de professor do Colégio Magnum

Ele foi investigado por abuso sexual após denúncias de pais de alunos; em entrevista, ele disse que está ‘muito feliz’ e prestes a voltar a trabalhar.

 

A Polícia Civil decidiu não indiciar o ajudante de professor Hudson Freitas, de 22 anos, por falta de provas, como informou a chefe da Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente, Elenice Cristine Batista Ferreira, na manhã desta quinta-feira (17). Ele foi investigado por abuso sexual após denúncias de pais de alunos do Colégio Magnum unidade Cidade Nova.

A polícia analisou 30 horas das imagens das câmeras de segurança da escola, das aulas de educação física, e ouviu 41 pessoasO celular do auxiliar de professor foi apreendido e periciado. O inquérito tem 385 páginas.

Uma equipe multidisciplinar formada por três psicólogos, um psiquiatra e um perito do Instituto Médico-Legal (IML) concluiu pela ausência de qualquer prova.

Hudson Freitas comemora o fim do inquérito — Foto: Alex Araujo/G1

Hudson Freitas comemora o fim do inquérito — Foto: Alex Araujo/G1

Em um comunicado enviado aos pais, o Colégio Magnum informou que mantém o emprego de Hudson.

“Inicialmente, decidimos pelo afastamento do colaborador supostamente envolvido, com o duplo objetivo de resguardar a integridade da família e do colaborador e de permitir que o inquérito pudesse tramitar de forma isenta. Cumprimos nosso papel perante a sociedade, as famílias, nossos educadores e as autoridades competentes. Estando a investigação concluída, permanece o compromisso já firmado com o colaborador afastado de manter sua vaga garantida tão logo ele queira e possa retomar suas atividades”, informa o comunicado.

Cartazes de alunos e pais do Colégio Magnum apoiam ajudante de educação física, em BH

Cartazes de alunos e pais do Colégio Magnum apoiam ajudante de educação física, em BH

‘As coisas vão se acertar’

Hudson Freitas esteve na TV Globo nesta quinta-feira (17), logo após a divulgação do não indiciamento pela Polícia Civil. Ele disse estar muito aliviado.

“Mais tranquilo, graças a Deus, né? Depois desse sufoco todo só foi concretizado tudo aquilo que eu sempre disse, a minha inocência, e agradecer às pessoas que estiveram aí comigo (…). E dizer que agora eu estou muito feliz, que as coisas vão se acertar e eu estou preste a voltar a trabalhar novamente”, disse.

O estudante de educação física disse que se reuniu com o diretor do colégio ainda nesta quarta-feira (16) e que foi convidado a voltar exercer as atividades.

“A gente vai colocar uns pingos nos “Is” aí, melhorar psicologicamente. Porque para uma criança você não pode nunca mostrar pra ela o que está dentro de você”, comentou, sem deixar claro se vai voltar realmente para o Magnum.

Sobre algum pedido de indenização por dano moral, Hudson disse que ainda não está pensando nisso e que vai deixar esse assunto para os advogados que o defendem.

Os casos investigados

Delegadas Thaís Degane, Elenice Cristine Batista Ferreira e Renata Ribeiro falam sobre fim do inquérito do Magnum — Foto: Globo

Delegadas Thaís Degane, Elenice Cristine Batista Ferreira e Renata Ribeiro falam sobre fim do inquérito do Magnum — Foto: Globo

De acordo com a delegada Elenice, foram registrados sete boletins de ocorrência por representantes legais de crianças, todas elas estudantes da turma do maternal III.

Segundo a Polícia Civil, não foi constatado qualquer tipo de dolo para a primeira mãe que denunciou o caso. O correto é procurar a delegacia para que suspeitas de abuso contra crianças sejam sempre apuradas.

Apoio dos pais

'Hudson, a verdade sempre vence!', diz cartaz colado em fachada do Colégio Magnum — Foto: Reprodução/Redes sociais

‘Hudson, a verdade sempre vence!’, diz cartaz colado em fachada do Colégio Magnum — Foto: Reprodução/Redes sociais

Hudson Nunes de Freitas era ajudante do professor de Educação Física no Magnum há quatro anos e meio. De origem humilde, foi o primeiro entre os cinco filhos a conseguir fazer faculdade. Recebia R$ 534 de bolsa e pagava cerca de R$ 400 de mensalidade da faculdade.

Pais de alunos do Colégio Magnum fizeram um ato de apoio à escola no último dia 11. Cartazes em defesa do ajudante de professor foram pregados na porta da escola. Em um deles, estava escrito “Hudson a verdade sempre vence!”.

Pais, alunos e professores da faculdade também levaram doações e apoio ao escritório de advocacia que faz a defesa do rapaz.

Faixas em apoio a Hudson foram colocadas nesta quinta no Colégio Magnum — Foto: Laura Tavares/Arquivo Pessoal

Faixas em apoio a Hudson foram colocadas nesta quinta no Colégio Magnum — Foto: Laura Tavares/Arquivo Pessoal

Fonte: TV Globo e G1 Minas — Belo Horizonte – 

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