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Índice aponta que maiores prefeituras do Sul de MG têm dificuldades para investir

Dados mostram que prefeituras têm se virado para conseguir cobrir despesas, mas têm dificuldades para investir; Extrema é melhor colocada no Índice Firjan.

 

A falta de dinheiro para investir é um ponto comum entre as prefeituras das seis maiores cidades do Sul de Minas. A constatação é do Índice Firjan de Gestão Fiscal, elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, que avalia quesitos como autonomia, gastos com pessoal, investimentos e liquidez. Pelo índice, quando mais próximo de 1, melhor a avaliação do município.

Conforme o índice, divulgado no início deste mês com base em dados oficiais de 2018, as prefeituras têm se virado para ter liquidez e conseguir cobrir despesas como gastos com pessoal, mas todas elas aparecem em nível “crítico”, abaixo de 0,4 pontos, quando o quesito é investimentos.

Posição das cidades do Sul de MG no Índice Firjan 2019

Cidade Índice Status de gestão Posição Nacional Posição Estadual
Extrema 0,9631 Excelência
Pouso Alegre 0,8359 Excelência 129º
Lavras 0,7222 Boa gestão 514º 41º
Itajubá 0,6813 Boa gestão 767º 56º
Varginha 0,6713 Boa gestão 843º 60º
Poços de Caldas 0,5353 Dificuldade 2.000º 166º
Passos 0,4597 Dificuldade 2645º 253º

Varginha e Poços de Caldas aparecem no ranking com a pior situação entre as maiores cidades no quesito investimentos. Ambas apresentam índices de 0,1328 e 0,1746. Já Pouso Alegre e Lavras apresentam, mesmo que ainda em níveis críticos, os melhores índices para o quesito: 0,3437 e 0,3260.

Em entrevista por telefone ao G1, o analista de Estudos Econômicos da Firjan, Marcio Felipe Afonso, confirmou que os baixos índices mostram a dificuldade das prefeituras em fazer caixa para planejar investimentos nas cidades.

Os dados mostram ainda que apenas Pouso Alegre figura entre as maiores prefeituras com índice de excelência de gestão, acima de 0,8 pontos. As prefeituras de Varginha, Lavras e Itajubá aparecem com índice de “boa gestão”, entre 0,6 e 0,8 pontos. Já as prefeituras de Poços de Caldas e Passos aparecem com índice de “dificuldade”, entre 0,4 e 0,6 pontos.

Conforme o índice, mais da metade dos municípios de Minas Gerais (56,5%) têm gestão fiscal crítica e 31,2% tem situação difícil. Apenas 12,2% das cidades possuem gestão fiscal boa ou excelente.

Extrema, um caso à parte

Já não é surpresa que o município de Extrema volte a aparecer bem avaliado no índice divulgado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. Pelo 3º ano consecutivo, a cidade foi a melhor avaliada em Minas Gerais e ficou com a 8ª melhor colocação do Brasil.

Dos quatro quesitos avaliados, o município só não tirou nota máxima do item “Gastos com pessoal”. A nota 0,8524 obtida no quesito fez o município baixar a nota máxima no índice geral dos dois últimos anos para 0,9631.

Extrema foi o município melhor avaliado em Minas Gerais pelo Índice Firjan — Foto: Reprodução Firjan

Extrema foi o município melhor avaliado em Minas Gerais pelo Índice Firjan — Foto: Reprodução Firjan

Extrema tirou nota máxima em autonomia, em investimentos e liquidez. Isso significa que o município, independente de verbas governamentais, consegue se sustentar sozinho e ainda ter liquidez, capacidade financeira para honrar seus compromissos e ainda ter dinheiro em caixa para planejar investimentos.

Além de Extrema, também ficaram bem colocados na avaliação do índice, com status de “excelência”, os municípios de Sapucaí-Mirim (0,8351), Nazareno (0,8335), Cambuí (08175), Ouro Fino (0,8091) e Monte Belo (0,8037). Consulte a posição do seu município.

Fonte: G1 Sul de Minas – 

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