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Três meses depois do anúncio da venda da pirâmide de São Tomé das Letras (MG), que gerou comoção e revolta de moradores e turistas da cidade, o processo segue parado e sem movimentações. Tanto a prefeitura quanto a imobiliária que representa o proprietário do local, informaram que não houve novidades no caso desde que o município manifestou interesse na compra.
Em 10 de fevereiro, a Prefeitura de São Tomé das Letras manifestou a intenção de adquirir o terreno onde está construído o ponto turístico da pirâmide por meio de desapropriação. O município também solicitou ao proprietário a atualização nas medições da área, porque, segundo a prefeitura, há uma discrepância entre a área constante na escritura do proprietário e a área real do imóvel a ser adquirido.
O G1 entrou em contato com a imobiliária que não informou se a medição já foi realizada. A prefeitura informou que o proprietário entrou na justiça para garantir o valor exigido de R$1,2 milhão, mas a intimação ainda não chegou para a prefeitura.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o processo teve início no dia 10 de fevereiro na comarca de Três Corações. A última movimentação ocorreu em 9 de abril, quando foi determinada pela juíza Glauciene Gonçalves da Silva a intimação do Município de São Tomé das Letras, sendo expedida a comunicação via sistema.
Moradores protestam por venda da pirâmide, principal ponto turístico de São Tomé das Letras — Foto: Reprodução EPTV
A área onde está a pirâmide foi colocada à venda pelos proprietários por R$ 1,2 milhão. O anúncio da venda da pirâmide foi feito por meio de um vídeo publicado pela imobiliária em um aplicativo de mensagens no início de fevereiro.
A divulgação causou revolta de moradores de São Tomé das Letras e também de todo Brasil. Moradores chegaram a fazer uma manifestação no local. Alguns turistas propuseram até fazer uma vaquinha para tentar arrecadar o dinheiro necessário para a compra da pirâmide.
A pirâmide é tombada como Patrimônio Paisagístico da cidade, mas está em uma área particular dentro do parque, que tem 111 hectares e é de propriedade do município.
Caso alguém compre a pirâmide, projetos particulares de exploração ainda terão que ser submetidos ao Conselho Municipal do Patrimônio Cultural e Artístico de São Tomé das Letras. Atualmente existem duas leis orgânicas no município que preservam os pontos turísticos. Hoje o acesso à pirâmide é irrestrito.
Fonte: G1 Sul de Minas — São Tomé das Letras, MG –