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Subiu para 39 o número de idosos contaminados pela Covid-19 no asilo que registrou surto da doença em Lavras (MG). Os dados foram confirmados pela instituição no sábado (15). Os internados foram imunizados com as duas doses da vacina contra a doença. Do total de infectados, 38 estão assintomáticos e um está em observação hospitalar. Uma morte suspeita pelo vírus é investigada.
Além dos idosos, quatro funcionários também testaram positivo para o novo coronavírus. Conforme o asilo Casa do Vovô, eles estão assintomáticos e em isolamento.
A instituição abriga 46 idosos em Lavras. Segundo a direção do asilo, todos foram imunizados com a segunda dose da vacina contra Covid-19 em fevereiro.
“Todos os idosos foram vacinados, tomaram a segunda dose em 04/02/21. Os funcionários também foram vacinados na mesma data, de acordo com o programa municipal de vacinação. Fomos a primeira Instituição de Lavras a receber vacina”, contou a coordenadora administrativa da casa, Viviane Coelho, em entrevista ao G1 esta semana.
Casa do Vovô, em Lavras, teve surto de Covid-19, mas maioria ficou assintomática após vacina — Foto: Viviane Coelho
A morte de um interno do asilo ocorreu no dia 11 de maio. A causa do óbito é investigada e ainda não teve confirmação.
O idoso que morreu tinha 77 anos e era portador de diabetes e Alzheimer. Segundo a instituição, ele era natural de Uberaba (MG) e não tinha parentes.
Ele realizou o teste no dia 7 de maio e o resultado positivo chegou no dia da morte. Conforme a Vigilância Epidemiológica, o caso ainda é tratado como óbito suspeito.
“Ele foi vacinado com os demais e aparentemente estava bem”, informou Viviane Coelho.
Em comunicado feito pelas redes sociais, a Prefeitura de Lavras confirmou surto de Covid-19 na instituição.
A administração municipal revelou que a situação é acompanhada pelas Vigilâncias Epidemiológica e Sanitária, além da Secretaria Municipal de Saúde.
A bióloga e divulgadora científica brasileira, Natalia Pasternak, explicou a função e importância da vacinação. As vacinas, de acordo com ela, reduzem as chances das pessoas ficarem doentes.
“As pessoas têm muita dificuldade de entender qual é a função de uma vacina. Elas acham que a vacina é mágica. Ou seja, tomou a vacina, está protegido; não tomou, vai ficar doente. Não é assim que vacinas funcionam. As vacinas reduzem a chance de ficarmos doentes, a chance de precisarmos de hospitalização e a chance de morrermos”.
Denise Garrett, infectologista, ex-integrante do Centro de Controle de Doenças (CDC) do Departamento de Saúde dos EUA e atual vice-presidente do Sabin Vaccine Institute (Washington), destacou que “a vacina é uma ferramenta essencial para controlar a pandemia. O que as pessoas precisam entender é que o fato de terem ocorrido casos e até mesmo algumas hospitalizações e mortes (muito mais raras) entre vacinados não significa que a vacina não funciona. A vacina funciona e muito! Mas a proteção, apesar de alta para casos graves e óbitos, não é 100%”.
Fonte: G1 Sul de Minas — Lavras, MG –