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O Paris Saint-Germain contratou Lionel Messi para ajudar no seu principal objetivo: conquistar a taça da Liga dos Campeões. A relação entre o clube e o argentino, no entanto, extrapola as quatro linhas. Maior jogador da atualidade, o “ET” também traz a possibilidade do PSG explorar a “marca” do argentino, que tem, somente no Instagram, 247 milhões de seguidores. Em entrevista ao programa “Esporte em Discussão”, o diretor de marketing Bruno Brum falou sobre a “mina de ouro” que a equipe parisiense tem em mãos. “Vivemos um momento onde as marcas dos jogadores são mais valorizadas que as marcas dos clubes. O Messi tem mais seguidores do que o Paris. O clube busca ganhar alcance, interesse, desejo… Por exemplo, o termo PSG foi o mais buscado no Google desde 2004. Nem quando o time chegou à final da Liga dos Campeões teve um alcance desse”, comentou em entrevista ao Grupo Jovem Pan o profissional, que trabalhou para vários clubes do Brasil, como Fluminense e Atlético-MG.
De acordo com o especialista, o PSG tem um “ótimo problema”, precisando explorar a imagem de Messi, sem deixar de valorizar outras estrelas do time, como Neymar, Mbappé, Sergio Ramos, Verratti e companhia. “É um problema que qualquer diretor de marketing gostaria de ter. Imagina você ter em seu clube Messi, Neymar, Mbappé. Às vezes a gente esquece até do Di María, do Verratti, que é um craque. Um clube global consegue fazer essa segmentação com um trabalho regional de suas marcas. O PSG tem canais em diversas línguas, e aí você consegue acionar esses jogadores, cada um em sua frente. O PSG tem o desafio de equiparar o tamanho de sua marca com a do Messi. O Messi, hoje, é maior do que o PSG. Em termos de números, os canais da Ligue 1 (liga que organiza o futebol francês), em português, cresceram em 30%. A busca por camisas de venda online subiu em 100%. É um ‘boom’ muito significativo, e o clube tem que estar preparado para fazer isso. A possibilidade de trazer Messi, Neymar e Mbappé é uma narrativa. Existem várias oportunidades”, analisou Bruno Brum.
O diretor de marketing ainda disse não acreditar que o PSG irá recuperar o dinheiro investido no salário de Messi somente com a quantidade de camisas comercializadas. “Dentro dessa venda, há diversas fatias nessa divisão. Tem imposto, lojistas, fornecedor. Só 30% é uma renda líquida para o clube. Existe uma construção na venda de produtos, no aumento de saldo na negociação de transmissão, tem várias possibilidades… Mas só em camisa, eu não vejo esse resultado. É uma construção a longo prazo. A curto prazo, esse valor não vai se pagar, não”, comentou Bruno, que vê o marketing sendo subaproveitado entre as agremiações brasileiras. “O investimento em marketing no Brasil, na média, é 0.8% a 1% no orçamento. Já em uma grande empresa, é de 5% a 6%.Os clubes ainda enxergam esse ferramenta como um gasto, não como investimento. O clube precisa se estruturar, profissionalizar e ter cada vez menos um parente de um conselheiro ou diretor no comando”, complementou.
Fonte: Jovem Pan – 11/08/2021 13h50