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O ex-prefeito de São Lourenço (MG), Natalício Cavalcanti Freitas e o ex-vereador Paulo Gilson Chopinho de Castro Ribeiro, o Chopinho, além de mais cinco pessoas, foram condenados por crimes pela prática de um esquema de “rachadinha” envolvendo cargos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) da cidade.
A sentença, que ainda cabe recurso, foi proferida pelo juiz Fábio Garcia Macedo Filho, da Vara Criminal da Comarca de São Lourenço. O ex-prefeito e o ex-vereador foram condenados por tráfico de influência e associação a outros réus para a prática do esquema.
A pena para os dois é de 3 anos, 8 meses e 10 dias de reclusão, em regime aberto, mas será convertida em multa.
A defesa do ex-vereador informou que entrou com um recurso contra a decisão da Justiça. “Já entramos com recurso contra a sentença proferida. Foi protocolada uma petição e aguardaremos a avaliação feita pela 2ª instância”, disse o advogado Eduardo Bittencourt Ferreira.
O g1 tenta contato com o ex-prefeito e atualizará esta reportagem assim que ele se manifestar.
SAAE de São Lourenço foi alvo de operação do Ministério Público — Foto: Reprodução / EPTV
A suspeita do esquema de rachadinha em São Lourenço chegou em 2019 ao Ministério Público por meio de denúncia. Segundo o promotor responsável pela investigação, Leandro Pannaim, o então vereador e o ex-prefeito teriam usado a influência para nomear conhecidos no serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e, assim, receber parte dos salários deles.
Após as investigações, o Ministério Público fez uma operação para identificar os agentes públicos envolvidos no esquema. E com a ajuda das polícias Civil e Militar, cumpriu três mandados de busca e apreensão, em que foram encontrados quase R$ 12 mil em dinheiro, além de 76 cheques de mais de R$ 161 mil.
Na época, o Ministério Público denunciou os acusados por associação criminosa, corrupção ativa, tráfico de influência, favorecimento real e extorsão. Entre elas, o vereador, que teve a prisão preventiva decretada e fugiu.
O vereador foi preso em novembro de 2019 em Oliveira, no Centro-Oeste do Estado. Em dezembro, ele teve o mandato extinto pela câmara.
Três meses depois, o vereador teve o mandato extinto por faltar sem justificativa a um terço das sessões da câmara durante o ano e deixou a prisão em fevereiro de 2020 após um habeas corpus ser concedido pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília (DF) e pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em Belo Horizonte.
Fonte: g1 Sul de Minas – 23/11/2021 11h51