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O deputado federal Sanderson (PL-RS) defende que a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) envolvendo a Petrobras é “legal e constitucional”. Para ele, é preciso “abrir a caixa preta” da estatal para entender os sucessivos reajustes do preço dos combustíveis. “Ninguém mais aguenta. Os sequenciais reajustes da Petrobras ultrapassaram todos os limites e alguma coisa tem que ser feita. Temos uma diretoria demissionária que está tomando decisões com algum viés que precisa ser investigado, qual a razão dos sequenciais reajustes”, iniciou o parlamentar, durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. “Por isso tenho dito: vamos abrir a caixa preta da Petrobras, como fizemos em 2019, que conseguimos abrir a caixa preta do BNDES. Vamos abrir a caixa preta e verificar se no ano o dólar caiu 7,77% frente ao real, o porquê do diesel subir 22%”, completou.
Questionado se a CPI seria o ambiente adequado para a discussão, Sanderson defendeu a formação do colegiado, afirmando ser o “único instrumento do poder Legislativo para entrar no processo coorporativo”. “Quebrando sigilos, ouvindo testemunhas, solicitando informações, ou melhor, requisitando dados que até agora não temos. […] Se estamos sob o famigerado regime de cotação internacional, se há uma correlação, não há razão para esses reajustes abusivos por parte da Petrobras”, afirmou. A expectativa é que o presidente da Câmara, Arthur Lira, se reúna com lideranças nesta segunda-feira, 20. Para aprovação da CPI são necessários 171 votos na Casa e, em caso de colegiado misto, mais 27 votos de apoiadores do Senado Federal. “Mas de nada adianta fazer um esforço na Câmara, Senado, se a Petrobras não compreende que estamos em uma crise e precisa haver uma sensibilidade maior por parte da empresa”, disse Sanderson.
“Ninguém mais aguenta pagar toda semana sucessivos reajustes, por isso a CPI pode e deve ter papel fundamental no esclarecimento, na apuração geral dos meandros internos da Petrobras. […] Por que a Petrobras tem tido um lucro muito maior na média das petrolíferas”, questionou. O deputado federal afirmou ainda que a atitude do presidente Jair Bolsonaro, que também defende a criação do colegiado, mostra que não há intervenção do governo na estatal. “A atitude de Bolsonaro deixa mais evidente a não intervenção na Petrobras. É uma empresa de capital misto, a União, o povo brasileiro é acionista, mas não temos hoje a capacidade de fazer qualquer tipo de intervenção, porque a diretoria tem autonomia”, finalizou.
Fonte: Jovem Pan – 20/06/2022 09h15