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Em meio às comemorações dos 11 anos de Beatificação de Nhá Chica, celebrados neste sábado (4), o Santuário de Baependi (MG), busca a comprovação de mais um milagre da beata para conseguir a canonização dela no Vaticano, para torná-la, assim, santa perante a Igreja Católica.
Por semana, o Santuário de Nhá Chica registra mais de 200 possíveis milagres da beata, que são informados tanto pela internet quanto de forma presencial. O processo para a comprovação, no entanto, é complexo e demorado.
Nhá Chica; Baependi (MG) — Foto: Fernanda Rodrigues/Arquivo g1
Durante os 11 anos de beatificação de Nhá Chica, por exemplo, apenas quatro outros casos foram considerados possíveis de investigação e dois chegaram à fase de bateria de exames para a canonização.
As investigações são feitas por três equipes médicas que atuam na comprovação da graça, que possa se tornar um possível milagre, antes de ir para o Vaticano, onde outra equipe de médicos vai fazer outra análise.
Essa análise é necessária para se comprovar que aquela graça é um milagre. E para ser milagre é preciso corresponder a vários quesitos.
Quesitos para comprovar o milagre:
“Um milagre válido em primeiro lugar é algo inexplicável. Os médicos têm que chegar a conclusão que aquela realidade que ocorreu não tem explicação científica. Não foi um tratamento, cirurgia ou medicamento que realizou a cura. Tem que ser instantânea, a pessoa rezou e aconteceu naqueles dias. Tem que ter pedido a intercessão unicamente da Beata Nhá Chica no nosso caso, para que fique claro que foi intercessão dela. Tem que ser uma cura perfeita, não pode ter deixado sequelas. E tem que ter acontecido depois da Beatificação de Nhá Chica, que aconteceu em 4 de maio de 2013”, explicou o padre Edson Oliveira.
Para contribuir na busca por um novo milagre, o padre explica como as graças podem ser comunicadas ao Santuário.
“O registro da graça pode ser feito de forma presencial através da secretaria do Santuário. Também é possível fazer pela internet, pelo site www.santuarionhachica.com.br ou pelo e-mail gracasnhachica@gmail.com”, salientou o padre.
Esquife que guarda os restos mortais da beata Nhá Chica, no Santuário Nossa Senhora da Conceição, em Baependi: acima está a imagem de Nossa Senhora da Conceição, que ela trouxe na infância de Rio das Mortes — Foto: Arquivo pessoal de Maria do Carmo Nicoliello
A beatificação de Nhá Chica completa 11 anos neste sábado (4), sendo esperados mais de 15 mil fiéis no Santuário de Baependi durante o final de semana de celebrações.
O primeiro milagre atribuído a Nhá Chica, que a levou à beatificação, foi o de um problema congênito no coração de Ana Lúcia Meireles Leite.
Nhá Chica nasceu no início do século 19 e dedicou a vida à caridade, foi a primeira negra, analfabeta e filha de escrava a ser beatificada pela Igreja Católica.
Ela nasceu em Santo Antônio do Rio das Mortes, distrito de São João del Rei, em 1808, e com 10 anos a família dela se mudou para Baependi em 1818, onde viveu até a morte.
Fonte: g1 Sul de Minas — Baependi, MG – 04/05/2024 19h25