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O LabCovid, da Universidade Federal de Lavras (Ufla), confirmou a presença de quatro variantes da Covid-19 na microrregião de Lavras. Conforme as informações divulgadas nesta quinta-feira (20), as variantes de Manaus, do Reio Unido e outras duas foram identificadas na região.
O laboratório analisou 19 amostras e conseguiu identificar as quatro variantes do novo coronavírus na microrregião que abrange 10 cidades, conforme a divisão da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). São elas: Carrancas, Ijaci, Ingaí, Itumirim, Itutinga, Luminárias, Nepomuceno, Perdões e Ribeirão Vermelho, além de Lavras.
“É importante destacar que das 19 amostras que a gente já conseguiu sequenciar no laboratório, conseguimos identificar quatro variantes no total, sendo que duas dessas variantes já foram consideradas pela OMS [Organização Mundial de Saúde] como variantes de atenção. É o caso da variante P.1, conhecida como variante de Manaus, e a B.1.7, que é a relacionada ao Reino Unido. Elas chamam bastante atenção porque estão diretamente relacionadas ao aumento da transmissibilidade da doença”, destacou o biologista Victor Pylro, que é um dos pesquisadores do LabCovid.
De acordo com o LabCovid, as outras duas variantes do novo coronavírus identificadas na microrregião são B.1.1.28 e a P.2.
“Temos feito análise de variantes genéticas do novo coronavírus a partir de amostras que têm sido coletadas na rotina de diagnósticos do laboratório, na microrregião de Lavras. Fizemos recentemente a análise de 19 amostras que foram selecionadas a partir da capacidade de ter uma elevada carga viral, ou de estarem relacionadas a algum surto”, falou a professora do departamento de Ciências e Saúde da Ufla, Joziana Barçante.
Imagem criada pela Nexu Science Communication em conjunto com o Trinity College, em Dublin, mostra um modelo estruturalmente representativo de um betacoronavírus, que é o tipo de vírus vinculado ao COVID-19, mais conhecido como coronavírus vinculado ao surto atual. — Foto: NEXU Science Communication/via REUTERS
O médico José Cherem ressaltou a importância que as variantes têm ganhado para o controle epidemiológico do novo coronavírus. Ele aponta que o Brasil ainda “testa muito pouco”.
“O Brasil ainda testa muito pouco as variantes, em torno de 0,04%. As variantes têm ganhado uma importância no controle epidemiológico da Covid-19 muito importante. Temos o objetivo, agora no dia 1º de junho, em uma audiência que teremos com o Secretário de Saúde de Minas Gerais [Fábio Baccheretti], solicitar mais recursos e apoio do estado, para que possamos ampliar essa testagem para outras regiões de Minas Gerais”, disse.
O sequenciamento foi feito em parceria entre Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas (Nupeb) e o Laboratório da Ufla.
Fonte: G1 Sul de Minas — Lavras, MG –