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'Eu não quero que as pessoas se espelhem em um Livinho doido' - Rádio Rede FM


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‘Eu não quero que as pessoas se espelhem em um Livinho doido’

Em conversa com o R7, funkeiro falou sobre polêmicas, acusação de racismo, perseguição e busca por mudança de imagem pública

 

 

MC Livinho estourou em todo o Brasil com o hit Mulher Kama Sutra, em 2012, e, desde então, se transformou em um dos maiores representantes do chamado “funk proibidão”. Ao mesmo ritmo em que as canções foram ganhando os bailes e as caixas de som, várias polêmicas envolvendo a vida do artista passaram a acompanhar a trajetória dele no cenário nacional.

“Crazy life” autodeclarado, ou “vida louca” no sentido mais popular da palavra, o funkeiro parece não ter a menor intenção de abrir mão das controvérsias. No entanto, desde dezembro de 2020, com o lançamento de uma versão de Ponta Do Pé — uma mistura de balada romântica e batida do funk —, o músico deu os primeiros sinais de uma mudança pública de postura.

“A vida não é uma espécie de reset. Não tem como a gente fazer: ‘Ah, você não serve mais. Você errou, morre e nasce de novo’. Não! Eu sempre fui isso, mas, agora, estou mostrando ser uma pessoa que poucas pessoas viam. Hoje em dia, eu sou outra pessoa em relação à mídia, mas sempre fui esse cara ‘da hora’, gente boa, resenha… Polêmico também. Que, às vezes, sai na mão na rua, porque isso é um problema que eu trabalhei na infância para amenizar e controlar.”

Se por um lado há, sim, um grande esforço para mostrar outro lado do indivíduo conhecido, de outro, o cantor também acredita que, como artista, precisa manter uma postura consciente das responsabilidades quanto ao público que o acompanha. “Eu me vejo mais como artista, e, artista, querendo ou não, há pessoas que se espelham. E eu não quero que as pessoas se espelhem num Livinho doido. Num Livinho Briguento. Num Livinho Polêmico.”

 

 

 

 

‘Ela usou isso para se autopromover’

Músico falou abertamente sobre as acusações de racismo e assédio da modelo Raielli Leon

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

 

 

 

 

Raielli Leon acusou MC Livinho de racismo e assédio durante as gravações de um clipe do cantor. O episódio teria acontecido em 2017 e as denúncias foram feitas pela dançarina e modelo no dia 2 de junho do ano passado, por meio do Instagram. De acordo com a jovem, à época, o músico a teria tratado mal durante o trabalho, tentado “sarrar” nela em uma das cenas e, ainda, feito piadas sobre o cabelo dela.

Nos vídeos compartilhados nas redes sociais, a dançarina afirmou que um pedido de desculpas teria resolvido o assunto, mas, no entanto, ela ainda teria sido ameaçada pelo funkeiro. “Eu só esperava que ele se desculpasse, nem que fosse por telefone e a vida iria seguir normal. Sabe o que ele fez? Me xingou de todos os nomes possíveis, falou que iria acabar com a minha carreira, que eu deveria ter medo do que eu estava falando e com quem eu estava brincando. Fiquei mal, desesperada”, contou Raielli.

Questionado pela reportagem, o músico falou abertamente sobre as acusações da modelo. De acordo com o artista, ele teria ficado abalado com toda a repercussão e afirmou que ela teria acrescentado “coisas que não existiram” durante as gravações do clipe. “O que me deixou mais triste de todas as polêmicas da minha carreira. Foi a que mais me tocou. Justamente pela proporção que toda história tomou.”

“Fui uma pessoa chata de tanto pedir desculpas para ela e, depois, ela ter feito tudo isso comigo. Foi uma coisa que me magoou muito. Creio também que ela ficou chateada também por conta da brincadeira, mas ela usou isso para se autopromover. Falo isso com total certeza”, completou o funkeiro.

 

 

‘Fui perseguido, sim’

Músico negou que tenha sido sequestrado ou que tenha publicado vídeos para se promover

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

 

 

 

 

Em 17 janeiro, Livinho deixou os fãs aflitos ao publicar, no Instagram, um vídeo pedindo ajuda. A preocupação foi ainda maior porque, horas antes, o funkeiro já havia compartilhado stories em que dizia estar sendo seguido por um carro.

“Algum carro já ficou te seguindo? Porque esse aqui parece! Fora que ‘jogou’ uma vez para cima de mim, idiota”, afirmou ele, enquanto dirigia. “Não sei se me conhece, não estou entendendo nada esse carro aqui atrás. Verdade, mesmo. Já tá estranho”, disse o artista, à época.

No mesmo dia, o cantor publicou no feed o vídeo com o pedido de ajuda. Entretanto, não era possível ver nada na gravação, que foi feita em um local escuro, nem mesmo ouvir com exatidão tudo o que era falado, apenas alguém dizendo: “‘Cê’ é louco, mano, me ajuda”. Depois, ele “sumiu” por um tempo das redes sociais.

Em relação ao episódio, o músico negou que tenha sido sequestrado ou que tenha publicado os vídeos para promover os perfis na internet e os novos trabalhos. À época, as especulações sobre uma possível ação de marketing ganharam força entre internautas brasileiros — informação que foi negada pela gravadora. Vale lembrar, no entanto, que o artista ganhou 1,5 milhão de fãs no Instagram em apenas seis horas após a divulgação do pedido de ajuda.

“Eu fui perseguido, sim. Mas não fui sequestrado. Não foi nada para me promover. Tanto que tempos depois eu fiz um stories dizendo que não precisava de seguidores que quisessem saber o que estava acontecendo sobre sequestro, se foi sequestro. Eu mostrei para todo mundo que quem quisesse me seguir me seguisse. Eu não falei: ‘Me sigam’. Postei aquela parada lá porque eu estava me sentindo perseguido. Ponto. Não fui sequestrado. Não aconteceu nada. Isso foi uma dedução, uma parada que as pessoas na internet criaram.”

 

 

 

 

Fonte: R7 – 28/04/2021 – 02H00

 

 

 

 

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