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A direção do Centro de Terapia Celular (CTC) do Hospital das Clínicas (HC) da USP em Ribeirão Preto (SP) divulgou uma nota na tarde desta quinta-feira (19) lamentando o acidente que levou à morte Vamberto Luiz de Castro, aos 64 anos de idade, em Belo Horizonte (MG).
O idoso foi curado de um câncer em estado terminal, após tratamento inédito na América Latina, realizado no HC em Ribeirão Preto. Ele recebeu alta em outubro, livre dos sintomas da doença, que o obrigava a tomar doses diárias de morfina.
Vamberto enfrentava um linfoma não Hodgki, muito agressivo nos ossos, quando procurou o HC para tentar uma terapia genética descoberta no exterior e ainda experimental no Brasil, conhecida como CART-Cell. O tratamento foi realizado pelo Serviço Único de Saúde (SUS).
“A direção do Centro de Terapia Celular (CTC), consternada, lamenta o acidente que levou à morte do senhor Vamberto Luiz de Castro, que passou por tratamento de linfoma não hodgkin, recentemente, no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, de onde saiu com a doença em remissão. O CTC continua com a pesquisa, cujos resultados iniciais encheram de esperança milhares de pessoas em todo o país. Temos a certeza de que novos e ótimos resultados vão continuar surgindo para que outros pacientes possam se beneficiar de um tratamento novo e revolucionário”, diz o comunicado.
De acordo com a Polícia Civil, o corpo de Vamberto deu entrada no Instituto Médico Legal (IML) em 11 de dezembro e saiu no mesmo dia. O acidente provocou um traumatismo craniano grave e Vamberto não resistiu. Os familiares do homem não quiseram se manifestar.
De acordo com amigos da família, a missa de sétimo dia de Vamberto foi realizada nesta terça-feira (17). O enterro ocorreu no Cemitério Parque Renascer, em Contagem (MG).
Imagens mostram corpo de Vamberto Luiz de Castro antes e depois do tratamento no Hospital das Clínicas em Ribeirão Preto — Foto: Reprodução/Fantástico
Vamberto passou 40 dias no HC em Ribeirão Preto. A mulher dele contou que o filho descobriu que pesquisadores da USP estavam trazendo a terapia genética para o Brasil – nos Estados Unidos, os tratamentos comerciais podem custar mais de US$ 475 mil.
Antes de se submeter ao tratamento inédito no país, o funcionário público aposentado tomava doses máximas de morfina diariamente e não conseguia mais andar. O tumor havia se espalhado pelos ossos. Em setembro, o corpo de Vamberto estava tomado por tumores.
Após o tratamento, a maioria desses tumores já havia desaparecido e os que restaram, segundo os médicos, sinalizavam a evolução da terapia. Vamberto deveria ser acompanhado por cinco anos, até poder ser considerado realmente curado da doença.
Em outubro de 2019, Vamberto Luiz de Castro comemorava em casa a cura de câncer — Foto: Vamberto de Castro/Arquivo pessoal
Fonte: G1 Ribeirão Preto e Franca –