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Na gravação, Marcola responde confiante: “Ninguém tem condições de fazer nada comigo”. Mesmo assim, a mulher manifesta preocupação com a vida dele, e o chefe do PCC pede a ela que fique tranquila. “Quando você me viu perder?”, questiona.
O detento não tem direito a visita íntima porque está em uma penitenciária federal. Nesse tipo de presídio, Marcola consegue ver a esposa e falar com ela apenas por meio de uma parede de vidro, blindada. Ele fica 48 horas trancado na cela e tem direito a quatro de banho de sol.
A conversa foi gravada para que a polícia pudesse investigar possíveis códigos na comunicação entre ele, a família e os advogados.
Para tentar acalmar a esposa, Marcola muda de assunto em seguida e diz quanto ela está bonita. “Que saudade desse ‘bocão’, fecho os olhos e imagino ele.” Cynthia, por outro lado, desabafa e diz que gostaria de ter um marido normal.
O casal falou também sobre o desempenho dos três filhos na escola e a programação das férias da família pela Europa.
Marcola, hoje com 54 anos, foi condenado a 342 anos de prisão.
Em visita do filho à prisão, Marcola revela seu medo de que o garoto, que tem 13 anos, entre para o crime. Ele aconselha o adolescente a não usar drogas nem brincar com armas de brinquedo. “Meu maior trauma, da sua mãe e da família inteira é que você siga os meus passos”, disse ele ao filho durante uma visita na prisão.
As conversas gravadas foram disponibilizadas com exclusividade ao programa Domingo Espetacular, da Record TV. A data da gravação marca o dia 12 de janeiro deste ano.
Marcola também reclama de que o adolescente vem se mostrando rebelde e dando trabalho à mãe, já que teria de tudo, inclusive, segundo ele, uma casa com piscina. Além disso, aconselha-o a não usar drogas. “Fumar é coisa de mané, começa assim e pode te levar para o outro mundo”, diz ele, referindo-se ao crime. O suposto chefe do PCC pede ainda que o filho faça mais exercícios físicos.