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Relatos mostram tensão e incertezas da população em meio à invasão russa à Ucrânia

Depoimentos ouvidos pela Jovem Pan mostram dificuldade de moradores que estavam em cidades duas atacadas pelas forças armadas russas nesta quinta-feira, 24

 

 

 

 

No primeiro dia de ataques da Rússia à Ucrânia, o país já contabiliza 137 mortos e mais de 300 feridos. Os dados foram divulgados na noite desta quinta-feira, 24, pelo presidente ucraniano, Volodymir Zelensky. O número de vítimas cresceu ao longo do dia, com as autoridades ucranianas contabilizando 203 ataques. Grandes cidades da Ucrânia, como Odessa, Lviv, Donetsk e a capital Kiev foram alvo de ataques neste primeiro dia da ofensiva russa. A situação de guerra fez com que os ucranianos deixassem as cidades grandes rumo às fronteiras com países do oeste, como PolôniaHungria e Romênia. Entretanto, a situação para essa fuga não está fácil para todos os que desejam deixar o país do Leste Europeu.

Em entrevista à Jovem Pan, uma brasileira que não quis se identificar por questões de segurança deu relatos da situação de sua família. Casada com um ucraniano, a entrevistada, que vive no Brasil, contou que tem a sogra e o cunhado vivendo em Obolonskyi, na região de Kiev. Segundo ela, a situação é de apreensão e tensão e que, mesmo com um preparo prévio para situações do gênero, ninguém sabe exatamente o que fazer. “Eles estão nesta situação, nesta tensão de não saber também (detalhes sobre os ataques). Apesar de que eles tiveram todo um preparo antes, só tem reação na hora em que acontece. Também estão preocupados e tenso sem saber o que vem a seguir”, disse a brasileira, que continuou: “Minha sogra está em casa. Ela é idosa e não saiu. O apartamento dela tem um porão. Ela desceu e está lá com algumas vizinhas. Estão lá nessa situação de medo, pânico e incerteza”.

Uma situação semelhante foi relatada por Gaspar Miguel, estudante angolano que, em entrevista à Jovem Pan, deu detalhes sobre sua experiência no país. Gasper afirmou que estava na cidade de Luhansk, no leste do país, quando foi acordado na madrugada desta quinta-feira, 24, pelas sirenes e rapidamente teve que deixar o local em que estava. “A tensão aqui é alta. Foi por volta das 4h30 que ouvimos os bombardeios aqui nas ruas de Luhansk e fomos evacuados para um hotel mais seguro. Levamos apenas roupas do corpo e não levamos mais nada”, disse Gaspar. Quando concedeu a entrevista, o estudante já estava sozinho na capital Kiev. Luhansk foi uma das cidades mais atingidas pelos ataques das forças russas neste primeiro dia de ofensivas.

 

 

 

 

Fonte: Jovem Pan – 24/02/2022 22h58

 

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